sábado, 28 de agosto de 2010

Agroenergia: agricultores familiares apresentam suas experiências em Simpósio

Cerca de 44% da matriz energética do Brasil tem origem em fontes renováveis de energia, sendo considerada uma das mais limpas do mundo. Sendo, que ainda deverá aumentar a produção de algumas fontes de energias alternativas e renováveis, nos próximos anos, em prol da sustentabilidade. “Os gases do efeito estufa têm uma estreita relação entre o percentual de consumo de energia limpa. Vamos ter um elevado aumento no consumo de energia nos próximos anos e a sociedade não aceitará como resposta a necessidade de reduzir o consumo de energia, por isso, precisamos nos antecipar a essa necessidade, dedicando-nos às mudanças e às inovações, com o objetivo de nos consolidar nesse mercado, ampliado as alternativas de acessos as energias renováveis”, disse o Supervisor do PNPB - Região Sul, Plural Cooperativa SAF/MDA, Luiz Carlos Borsuk, na quinta, 12 de agosto, durante a realização do penúltimo painel realizado durante a 3ª edição do Simpósio Estadual de Agroenergia.

Durante o painel, que apresentou a situação atual e as perspectivas da agricultura familiar em relação ao biodiesel, ele destacou ainda a oportunidade de inserir esses agricultores, num sistema produtivo que apresenta um saldo positivo e traz como benefícios a possibilidade de agregação de renda, assistência técnica e diversificação da matriz produtiva. “O Brasil apresenta amplo potencial, pois possui clima, área, solo, tecnologia, enfim, diversos fatores positivos que permitem que o país venha a ser um dos maiores produtores de bicombustíveis em nível mundial”, disse o coordenador do Departamento de Fomento da BSBios, Fábio Junior Benin.

“Essas culturas alternativas desempenham um papel social relevantes, especialmente, junto aos produtores que não tem outras opções de cultivos, como o soja, por exemplo”, disse o palestrante da Oleoplan, Leonir Lódea. Tecnicamente, tem espaço para crescer a produção desse segmento.

Já o representante da União Nacional das Associações Comunitárias do Interior de Canguçu e Região(Unaic), André Ferreira dos Santos, explicou os detalhes do Programa da Agroenergia da instituição e disse que em 2010, cerca de 100 agricultores envolveram-se com o cultivo de mamona, produzindo cerca de 40 toneladas de mamona, com média de produtividade de 700kg por hectare. Já, em relação a soja, o número de produtores envolvidos foi de 20, o que garantiu a comercialização, através da Unaic, de três mil sacos de soja.

Dentre as cultivares citadas são cultivadas no Estado: girassol, canola, soja, tungue, batata-doce, mandioca, amendoim, cana-de-açúcar, amendoim e mamona. Sendo que, em média, os trabalhos de produção agronômica em prol da agroenergia de forma profissionalizada tiveram inicio há menos de 10 anos. “É preciso paciência e persistência para ter sucesso nessa nova alternativa para agricultura familiar”, concluiu Lódea.

O Simpósio Estadual de Agroenergia aconteceu simultaneamente com a 3ª Reunião Técnica de Agroenergia, 10ª Reunião Técnica da Mandioca e 2ª Reunião Técnica da Batata-Doce. O evento é uma realização da Embrapa Clima Temperado, Emater/RS-Ascar, Fepagro e Afubra.

Fonte:

Embrapa Clima Temperado
Christiane Rodrigues Congro – Mtb-SC 00825/9
Contatos: (53) 3275-8113 – christiane.congro@cpact.embrapa.br

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