O CTG Sentinela da Querência permaneceu lotado do início ao fim da plenária para aprovação das resoluções do III Congresso da Fetraf-Sul, realizada nesta sexta-feira (26), em Erechim. Mais de 1.250 delegados dos três estados do Sul do país participaram das atividades nestes três dias de encontro, e cerca de 150 autoridades também marcaram presença nos debates e discussões.
O documento base da Fetraf-Sul, aprovado pelos agricultores familiares, norteia as ações e lutas da Federação para os próximos três anos. Este conjunto de projetos contém mais de 300 propostas, e foi elaborado a partir da realização de 3 mil reuniões, que envolveram mais de 50 mil agricultores no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
O coordenador geral da Fetraf-Sul, Altemir Tortelli saiu do Congresso muito motivado. “Esse congresso está permeado por um debate muito importante e são centenas de lideranças que saíram daqui motivadas e convencidas, como eu, de que vale a pena lutar e se organizar. Tenho certeza que todos saíram daqui sabendo que, da mesma forma que lutamos e transformamos em conquistas os problemas de 20 anos atrás, nós vamos nos próximos três anos transformar os problemas de hoje em lutas e resultados concretos para melhorar a vida do nosso povo.”
As principais resoluções que serão a base das reivindicações dizem respeito ao meio ambiente, com o tema da compensação ambiental; assistência técnica; renda com a garantia de preços; e juventude com a criação de políticas que mantenham os jovens no meio rural. Como a assistência técnica é um meio essencial para garantir renda aos agricultores familiares, o Congresso deliberou, também, pela criação de uma cooperativa de assistência técnica, já que no RS, a Emater tem condições de atender apenas 20% dos agricultores.
As resoluções do III Congresso irão nortear,também, a 6ª Jornada de Lutas da Agricultura Familiar, que inicia já em abril. De acordo com Tortelli, “queremos ter audiências com ministros e com o governo Lula, e também teremos um momento importante para mostrar esses projetos para a ministra Dilma Rousseff, porque serão dois projetos em disputa nas próximas eleições” Tortelli explicou que na última semana de abril iniciam as manifestações, que começarão nas cidades polo dos três estados do Sul. “Se até ai não avançarmos voltaremos em maio, fazendo manifestações mais radicalizadas e contundentes, pois neste ano de eleições precisamos pressionar para que tenhamos atendidas nossas reivindicações,” completou.
A Fetraf-Sul possui mais de 100 mil famílias associadas e mais de 300 mil representadas, o que corresponde a um terço dos agricultores familiares do Sul do Brasil.
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