quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Metade das famílias no noroeste do Quênia come uma vez por dia

Folha de São Paulo, 08/08/2011 - 15h20

DA EFE

Cerca de metade das famílias vivendo na região de Turkana, no noroeste do Quênia, não consegue se alimentar mais de uma vez ao dia, segundo relatos do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), por causa da grave seca que assola a região do Chifre da África.

A situação dos quenianos na região fronteiriça com Uganda, Sudão do Sul e Etiópia fica pior devido à ameaça de ladrões sudaneses e etíopes que criam obstáculos à distribuição da ajuda alimentar, de acordo com a Cruz Vermelha local.

Segundo dados do governo do Quênia, publicadas pelo jornal local "Daily Nation", a seca já causou a morte de mais de 3,5 milhões de cabeças de gados no país, o que representa uma perda aproximada de 490 milhões de euros. Ainda não há números estimados de pessoas mortas.

A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que a seca e a fome que atingem a região do Chifre da África colocou mais de 11 milhões de pessoas em uma situação humanitária crítica, especialmente na Somália, onde cinco regiões foram declaradas oficialmente em estado de fome.

O complexo queniano de Dadaab, no leste, é o maior campo de refugiados do mundo na atualidade, atraindo centenas de somalis diariamente.

Mulheres e crianças da região de Turkana, no noroeste do Quênia, aguardam pela distribuição de comida.


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