
quinta-feira, 15 de março de 2012
Salário Maternidade de 6 meses

sábado, 10 de março de 2012
sexta-feira, 9 de março de 2012
Pesquisadores suíços confirmam efeito letal de toxina Bt sobre joaninhas
quinta-feira, 8 de março de 2012
quarta-feira, 7 de março de 2012
08 de Março Dia da Mulher


Emater/RS apresenta novos números da safra de grãos 2011/2012 no Estado
Perdas
O levantamento realizado pela Emater/RS-Ascar entre os dias 20 e 24 de fevereiro considerou as informações de 360 escritórios municipais, cobrindo 80% da área cultivada com arroz, 60% com feijão, 90% com milho e 87% com soja. As perdas de mais de R$ 5 bilhões nesta safra, comparadas com a do ano anterior, e de pouco mais de R$ 3,6 bilhões, calculadas a partir da média histórica dos últimos 10 anos, "não geram um impacto muito negativo para a economia gaúcha, já que o PIB agropecuário do RS é de cerca de R$ 280 bilhões", avaliou o titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Ivar Pavan. Para ele, a agricultura familiar do Estado "merece todo o apoio do Governo, para a recuperação imediata de sua economia."
Pavan se diz convencido de que o Governo acertou em eleger a Extensão Rural como a principal estratégia para fortalecer o desenvolvimento do Estado. Ele salientou o aumento dos investimentos do Executivo gaúcho na Extensão Rural. "Em 2010, foram R$ 90 milhões. Em 2011, R$ 120 milhões e, em 2012, são R$ 153 milhões, demonstrando que temos compromisso com a agricultura familiar", afirmou.
Convênios
Na ocasião, foram assinados também convênios que garantem a capacitação dos agricultores familiares, a organização da cadeia da canola e a viabilização e incremento do Espaço da Família Rural, do Pavilhão da Agricultura Familiar e do Recanto Temático que, nesta edição da Feira, trata da "Energia do Cooperativismo", valorizando o Ano Internacional e o Estadual do Cooperativismo.
Participaram da solenidade o secretário Ivar Pavan, o presidente da Cotrijal, Nei Mânica, o presidente e os diretores Técnico e Administrativo da Emater/RS, Lino De David, Gervásio Paulus e Valdir Zonin, representantes da Diretoria do Sicredi e o diretor presidente da BSBios, Erasmo Carlos Battistella, e autoridades locais, além da Imprensa.
Entre os convênios assinados, estão um Termo de Cooperação Interinstitucional entre SDR, Emater/RS-Ascar e Cotrijal, um Termo de Cooperação Técnica entre Emater/RS-Ascar e BSBios para o fomento e organização da cadeira da canola no Estado, e dois Protocolos de Cooperação Interinstitucional com o Sicredi.
Impacto
Para o presidente da Emater/RS, Lino De David, a assinatura dos convênios "representa oportunidades para a qualificação da participação da Emater na feira, assim como a parceria com as cooperativas de crédito demonstra a preocupação em capacitar os agricultores gaúchos, colocando a agricultura familiar no patamar que merece", afirmou. Sobre os números da safra e de perdas, De David analisa que o impacto vai além das macroculturas. "O problema não termina quando acaba a seca", pois, além da perda de peso dos animais, da falta de água para o abastecimento e a irrigação de hortigranjeiros e frutas, há a necessidade de saldar as dívidas dos créditos e financiamentos.
Parcerias
O presidente da Cotrijal, Nei Mânica, lembrou que todos os anos a Expodireto apresenta inovações e, "este ano, o mais importante é a assinatura do convênio de cinco anos com a SDR, Emater/RS-Ascar e Cotrijal, ampliando a parceria com o Governo do Estado, hoje indispensável". Para Mânica, o espaço da Emater/RS-Ascar e da SDR é um diferencial que mostra o potencial da agricultura familiar. Saul Rovadoscki, presidente do Sicredi Região da Produção, falou sobre a importância da parceria com a Emater/RS-Ascar, pois a grande maioria dos associados é de pequenos produtores. "Não basta dar crédito, é necessário qualificar e qualificar o agricultor, para que eles possam ampliar sua produtividade", disse.
O diretor presidente da BSBIOS, Erasmo Battistella, ressaltou o compromisso com a agricultura familiar. "Adquirimos a matéria-prima de mais de 11 mil famílias de agricultores familiares. Isso justifica a renovação do nosso convênio com a Emater, para melhorarmos a produção de canola", observou. Já o prefeito de Não-Me-Toque, Antônio Piva, parabenizou "o importante e qualificado trabalho que a Emater desenvolve no Estado e pela parceria na Expodireto, demonstrando todo o potencial da agricultura familiar no Pavilhão e na Casa da Família Rural".
Dados por cultura
Arroz - A produtividade média deverá ser de 6,8 mil kg/ha (-0,88%), com uma produção total de 7,46 milhões de toneladas, uma diferença de -7,45% em relação à expectativa inicial e -16,58% em relação à safra passada, quando, segundo o IBGE, foram colhidos 8,94 milhões de toneladas. No momento, a colheita atinge 13% das lavouras.
Feijão - A produtividade deverá ser de 1.012 kg/ha, projetando uma produção de 69.533 toneladas, ante as 81,6 mil toneladas estimadas inicialmente, ou -25,25% se comparadas com a safra passada (93 mil toneladas). A colheita está praticamente encerrada.
Milho - A produtividade média deverá ser de 2,6 mil kg/ha. Esses números projetam uma produção de 3,05 milhões de toneladas para esta safra, o que representa, até o momento, uma diferença de -42,58% em relação à estimativa inicial (5,3 milhões de toneladas) e -47,27% comparando-a com a safra 2011 (5,78 milhões toneladas).
Soja - Com uma produtividade média de 1.738 kg/ha, há uma expectativa de colheita de 7,1 milhões de toneladas. Até o momento, essa produção é 39,% menor do que a obtida no ano passado (11,7 milhões de toneladas). A cultura está em início de colheita.
Texto: Aline Rodrigues e Adriane Bertoglio Rodrigues
Edição: redação Secom (51) 3210-4305
terça-feira, 6 de março de 2012
A grande contradição brasileira, artigo de Leonardo Boff
Mais e mais cresce a convicção, inclusive entre os economistas seja do stablisment seja da linha neokeynesiana, de que nos acercamos perigosamente dos limites físicos da Terra. Mesmo utilizando novas tecnologias, dificilmente poderemos levar avante o projeto do crescimento sem limites. A Terra não aguenta mais e somos forçados a trocar de rumo.
Economistas como Ladislau Dowbor entre nós, Ignace Sachs, Joan Alier, Herman Daly, Tim Jack e Peter Victor e bem antes Georgescu-Roegen incorporam organicamente o momento ecológico no processo produtivo. Especialmente o inglês T. Jack se celebrizou pelo livro "Prosperidade sem crescimento"(2009) e o canadense P. Victor pelo "Managing sem crescimento"(2008). Ambos mostraram que o aumento da dívida para financiar o consumo privado e público (é o caso atual nos paises ricos), exigindo mais energia e uso maior de bens e serviços naturais não é de modo algum sustentável.
Os Prêmios Nobel como P. Krugman e J. Stiglitz, porque não incluem explicitamente em suas análises os limites da Terra, caem na armadilha de propor como saída para a crise atual um maior gasto público no pressuposto de que este produzirá crescimento econômico e maior consumo com os quais se pagarão mais à frente as astronômicas dívidas privadas e públicas. Já dissemos à saciedade, que um planeta finito não suporta um projeto desta natureza que pressupõe a infinitude dos bens e serviços. Esse dado já é assegurado.
O que Jack e Victor propõem é uma "prosperidade sem crescimento". Nos paises desenvolvidos o crescimento atingido já é suficiente para permitir o desabrochar das potencialidades humanas, nos limites possíveis do planeta. Então chega de crescimento. O que se pode pretender é a "prosperidade" que significa mais qualidade de vida, de educação, de saúde, de cultura ecológica, de espiritualidade etc. Essa solução é racional mas pode provocar grande desemprego, problema que eles resolvem mal, apelando para uma renda universal básica e uma diminuição de horas de trabalho. Não haverá nenhuma solução sem um prévio acerto de como vamos nos relacionar com a Terra, amigavelmente, e definir os padrões de consumo para que todos tenham o suficiente e o decente.
Para os países pobres e emergentes se inverte a equação. Precisa-se de "crescimento com prosperidade". O crescimento é necessário para atender as demandas mínimas dos que estão na pobreza, na miséria e na exclusão social. É uma questão de justiça: assegurar a quantidade de bens e serviços indispensáveis. Mas simultaneamente deve-se visar a prosperidade que tem a ver com a qualidade do crescimento. Há o risco real de que sejam vítimas da lógica do sistema que incita a consumir mais e mais, especialmente bens supérfluos. Então acabam agravando os limites da Terra, coisa que se quer exatamente evitar. Estamos face a um angustiante círculo vicioso que não sabemos como faze-lo virtuoso sem prejudicar a sustentabilidade da Terra viva.
A contradição vivida pelo Brasil é esta: urge crescer para realizar o que o governo petista fez: garantir os mínimos para que milhões pudessem comer e, por políticas sociais, serem inseridos na sociedade. Para as classes já atendidas, precisa-se cobrar menos crescimento e mais prosperidade: melhorar a qualidade do bem viver, da educação, das relações sociais menos desiguais e mais solidariedade a partir dos últimos. Mas quem vai convecê-los se são violentamente cooptados pela propaganda que os incita ao consumo? Ocorre que até agora os governos apenas fizeram políticas distributivas: repartiram desigualmente os recursos públicos. Primeiro garantem-se 140 bilhões de reais para o sistema financeiro a fim de pagar a dívida pública, depois para os grandes projetos e somente cerca de 60 bilhões para as imensas maiorias que só agora estão ascendendo. Todos ganham mas de forma desigual. Tratar de forma desigual a iguais é grande injustiça. Nunca houve políticas redistributivas: tirar dos ricos (por meios legais) e repassar aos que mais precisam. Haveria equidade.
O mais grave é que com a obsessão do crescimento estamos minando a vitalidade da Terra. Precisamos de um crescimento mas com uma nova consciência ecológica que nos liberte da escravidão do prudutivismo e do consumismo. Esse é o grande desafio para enfrentar a incômoda contradição brasileira.
Leonardo Boff escreveu Sustentabilidade: o que é e o que não é, Vozes, Petrópolis 2012.
Artigo originalmente publicado por Leonardo Boff em seu blogue pessoal.
EcoDebate, 28/02/2012
[ O conteúdo do EcoDebate é "Copyleft", podendo ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, ao Ecodebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Contra uma avalanche verde, aposta nos territórios do futuro
Algumas constatações eram consensuais àqueles que chegaram ao seminário realizado em uma das pequenas salas da antiga casa do centro de Porto Alegre que abriga o Instituto dos Arquitetos do Brasil. Uma delas, talvez a mais forte, era de que vivemos um ciclo de crises nunca antes experimentado pela humanidade.
Se o contexto geral é de crise – e do ponto de vista ambiental nunca se viu tanta degradação como nos últimos 20 anos – também podemos apontar como consenso entre os críticos à economia verde que está clara a necessidade de denúncia sobre os responsáveis pela tragédia anunciada.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Grupo de Estudos em Organizações lança site de consumo colaborativo
http://leiologotroco.blogspot.com/. Acontece na quinta-feira (dia 26), às 9h.
O que é o movimento:
Baseado na ideia de rede de reciprocidades, Leio, logo troco é uma iniciativa de pessoas independentes com o objetivo de estimular o hábito da leitura nas pessoas e o contato com novos temas e assuntos. Não há uma organização central das ações. Cada um pode ser parte dessa rede de doações anônimas. Sabe aquele livro que trata de um tema tão interessante e que você adoraria compartilhar com outra pessoa mas está guardado no fundo de uma caixa, todo empoeirado e esperando para ser lido por alguém? Por que não doá-lo? Basta deixá-lo em um banco de praça, no parque, na calçada, no ônibus que alguém vai achá-lo e junto com o livro, você deixa uma mensagem para a pessoa que "recebe" desejando-lhe uma ótima leitura e que ela faça o mesmo por alguém. É simples! Assim você já estará participando dessa rede anônima de pessoas que querem ver um mundo melhor. As chances desse livro ser lido será muito maior que se tivesse numa prateleira. Com essa simples iniciativa, você não estará apenas estimulando a leitura mas compartilhando emoções e divulgando aquele assunto pelo qual você se interessa tanto.
Esta iniciativa faz parte de um movimento de pós-graduandos que buscam não somente promover discussões dentro da universidade a respeito de estilos de vida solidários, colaborativos e sustentáveis, mas também promover a participação da comunidade e, acima de tudo, criar ações práticas que tenham impactos positivos na sociedade.
Fonte: http://leiologotroco.blogspot.com/
“Transgênicos para quem?” será lançado durante FST
A obra foi organizada por Magda Zanoni, bióloga, socióloga e pesquisadora do laboratório Dynamiques Sociales et Recomposition des Espaces (Centro Nacional de Pesquisa Científica CNRS, França); e por Gilles Ferment, mestre em ecologia e gestão ambiental, e consultor do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário (NEAD/ MDA).
O lançamento terá a participação de Gilles Ferment; Paulo Brack, biólogo e mestre em botânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Leonardo Melgarejo, engenheiro agrônomo e mestre em economia rural pela UFRGS, todos autores da publicação; além de Guilherme Abrahão, coordenador executivo do NEAD, e Romário Rosseto, representante da Via Campesina.
"Transgênicos para quem?" está apresentado em três partes. A primeira aborda as incertezas científicas inerentes ao uso das biotecnologias modernas de reprogramação dos seres vivos, e seus possíveis efeitos nocivos ao meio ambiente e à saúde humana. A segunda parte, “Transgênicos: O necessário enfoque multidisciplinar”, se divide em mais três temas que discutem os embates agronômicos, ecológicos, políticos, institucionais, jurídicos, econômicos e sociais dos transgênicos. A última parte do livro, “Atores sociais: resistências e cidadania”, discute o papel da sociedade civil no debate do uso dos transgênicos.
A publicação oferece uma diversidade de análises, destacando pontos de vista de agricultores familiares, cientistas internacional e nacionalmente conhecidos, estudantes, associações, cooperados e ativistas. O objetivo, segundo os organizadores, é trazer uma reflexão sobre a capacidade dos transgênicos de resolver as dificuldades atuais e futuras com as quais a sociedade e os agricultores familiares estão confrontados.
“Transgênicos para quem?” integra a coleção NEAD Debate e está disponível para download gratuito no Portal NEAD: http://www.mda.gov.br/portal/nead/nead-debate/download_orig_file?pageflip_id=7478565.
Serviço:
Lançamento do livro “Transgênicos para quem? Agricultura, Ciência, Sociedade”
Data: Dia 28 de janeiro de 2012
Horário: às 15h.
Local: Casa de Cultura Mario Quintana, sala C2. Rua dos Andradas, 736 - Centro Histórico de Porto Alegre. Fórum Social Temático 2012
Fonte: Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (NEAD/ MDA)