quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
UNAIC tem nova Direção
Presidente : Santo Pereira
Vice- Presidente: Julio Watthier
Secretário: Clei de Aquino Ferreira
Vice- Secretário : Ronaldo Bandeira Idiarte
Tesoureiro: Anderson Rodrigo Quintana
Vice- tesoureiro: Luis Cesar Ferreira Ribeiro
A nova gestão terá o mandato compreendido entre os dias 01/01/2013 e 01/01/2015
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Edital de Convocação de Assembleia Geral Extraordinária
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
O fim da dúvida
AFP, 19/09/2012.
Transgênicos matam mais e causam até três vezes mais câncer em ratos, diz estudo – UOL, 19/09/2012.Referência do artigo:"Long term toxicity of a Roundup herbicide and a Roundup-tolerant genetically modified maize". Food and Chemical Toxicology, Séralini G.E. et al. 2012.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Transgênicos matam mais cedo e causam até três vezes mais câncer em ratos, diz estudo
terça-feira, 14 de agosto de 2012
A "Carta de Pelotas"
10 de agosto de 2012Cientistas e movimentos lançam carta proposta por outro modelo agrícola
Do Sinpaf
Os mais de 300 participantes do Seminário de Enfrentamento aos Impactos dos Agrotóxicos na Saúde do Trabalhador e do Ambiente, realizado nos dias 31/7 e 1/8 na Embrapa Clima Temperado, em Pelotas (RS), produziram uma carta aberta ao final do evento, em que fazem um balanço da atividade – problemas à saúde e ao meio ambiente causados pelo uso dos agrotóxicos na agricultura – e apontam, entre outras providências, a necessidade de investimento público em pesquisas destinadas à produção de alimentos de base agroecológica, a partir da conclusão de que não existem níveis seguros para a utilização de venenos agrícolas nas lavouras.
O Seminário de Enfrentamento aos Impactos dos Agrotóxicos na Saúde do Trabalhador e do Ambiente reuniu profissionais de ciências agrárias e da saúde, técnicos de extensão e assistência técnica, militantes dos movimentos sociais, estudantes de graduação e de escolas técnicas, professores universitários, trabalhadores da Embrapa e de outras instituições de pesquisa extensão e ensino. Além dos aspectos combativos aos agrotóxicos, foram discutidos e propostos outros modelos de desenvolvimento agropecuário, com ética e respeito a todas as formas de vida, possibilitando, sobretudo, a troca de experiências entre a esfera acadêmica e o saber popular. Além disso, o evento contribuiu para a formação crítica e técnica dos participantes com relação à temática, "Agrotóxico Mata", proporcionando ainda a integração e articulação entre os participantes.
"A atividade é um marco histórico e um exemplo de trabalho conjunto entre SINPAF, Embrapa Clima Temperados e movimentos sociais para debater novos rumos para a pesquisa e extensão voltadas à produção de alimentos saudáveis, com respeito ao ambiente de trabalho e à vida, inaugurando novos espaços livres e democráticos de participação social e de apresentação de demandas desafiadoras para formulação não apenas de pesquisas como de políticas públicas integradas e capazes de promover a vida em vez de atender apenas os interesses econômicos de poucos", avalia Vinícius Freitas, presidente da seção sindical Hortaliças e integrante da coordenação da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.
O Seminário coaduna com o Plano de Lutas do SINPAF, que propõe discutir o modelo de desenvolvimento e a saúde dos trabalhadores da pesquisa agropecuária junto à sociedade.
Leia abaixo a Carta de Pelotas:
Seminário Regional Sul de Enfrentamento aos Impactos dos Agrotóxicos à Saúde e ao Meio Ambiente
31 de julho a 1º de agosto de 2012
CARTA DE PELOTAS/RS
Integrantes dos movimentos sociais do campo, empresas públicas de pesquisa, assistência e extensão rural, estudantes e o movimento sindical dos trabalhadores da pesquisa e desenvolvimento agropecuário presentes ao 1º Seminário Regional Sul de Enfrentamento aos Impactos dos Agrotóxicos à Saúde e ao Meio Ambiente, realizado no período de 31 de julho a 1º de agosto de 2012, trocaram experiências e saberes sobre os impactos do uso dos agrotóxicos na saúde dos agricultores, consumidores e trabalhadores da pesquisa e desenvolvimento agropecuário no Brasil.
Sob o ponto de vista dos participantes, as reflexões feitas apontam para a ampliação e o fortalecimento da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida nos vários espaços da sociedade.
O debate sobre o uso desses venenos traz à tona a discussão sobre o modelo de desenvolvimento no campo e na cidade que explora e adoece as pessoas, que degrada o meio ambiente, os recursos naturais e as relações sociais.
As reflexões feitas concluíram, centralmente, que não há uso seguro e manejo adequado de agrotóxicos; que é preciso haver mais pesquisas e estudos sobre as doenças por eles causadas; que deve haver mais investimento em políticas públicas que respeitem a vida humana e o ambiente; que a Embrapa deve desenvolver mais pesquisas e ter mais recursos destinados à produção de alimentos de base agroecológica e, por fim, que é preciso articular espaços de reflexão para construção de conceitos e valores que primem pelo bem viver.
Os relatos feitos pelo(a)s agricultore(a)s que produzem alimentos saudáveis em bases agroecológicas mostraram que é possível gerar renda respeitando a natureza e a si mesmos enquanto seres humanos. No decorrer das discussões, verificou-se a necessidade de ampliar a educação contextualizada nas universidades, nos centros de pesquisa e extensão rural, tanto em relação ao uso de venenos quanto sobre a necessidade de libertação reflexiva dos modelos monopolizadores, assim como o uso de alternativas e a perspectiva de pesquisas que ampliem a produção agroecológica – respeitando a ética da vida e não a conformação de novos pacotes que privilegiem apenas o mercado, que deterioram a saúde do trabalhador e da natureza.
Assinalou-se, ainda, a necessidade e a possibilidade técnica e legal de estabelecimento de parcerias junto às secretarias ambientais dos estados para o mapeamento das áreas com produção agroecológica, a fim de protegê-las contra a pulverização aérea. Também foi reforçada a necessidade de ampliação da luta pelo banimento dos agrotóxicos já banidos em outras regiões do mundo e da utilização do dia 3 de dezembro como marco da Campanha, com a realização de atividades em todo o Brasil.
Sugerimos, finalmente, que nos espaços onde seja discutida a temática dos agrotóxicos priorize-se a alimentação ecológica produzida pelos agricultores da região que sedia o evento, e que a espiritualidade componha a programação dos eventos relacionados à Campanha – de forma a valorizar a poesia, a música, as artes, os valores culturais e éticos do(a)s trabalhadore(a)s e agricultore(a)s.
Pelotas, RS, 1º de agosto de 2012.
Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário – SINPAF
Embrapa Clima Temperado
SINPAF/Seção Sindical Pelotas
SINPAF/Seção Sindical Bagé
SINPAF/Seção Sindical Passo Fundo
SINPAF/Seção Sindical Londrina
SINPAF/Seção Sindical Florestas
SINPAF/Seção Sindical Solos
SINPAF/Seção Sindical Hortaliças
SINPAF/Seção Sindical Pará
SINPAF/Seção Sindical Cruz das Almas
Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor – CAPA
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER
Fórum da Agricultura Familiar do Território Zona Sul
Setorial de Mulheres do Território Zona Sul
Associação dos Produtores Agroecológicos da Região Sul – ARPASUL
Cooperativa Sul Ecológica de Agricultores Familiares Ltda – SULECOLÓGICA
Cooperativa dos Apicultores e Fruticultores da Zona Sul – CAFSUL
Universidade Federal de Pelotas – UFPEL
Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SEMA/RS
Comitê Nacional da Campanha Contra os Agrotóxicos e pela Vida
Comitê Estadual da Campanha Contra os Agrotóxicos e Pela Vida – RS
Rede de Acción ao uso de Plaguicidas y sus Alternativas na América Latina
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
domingo, 12 de agosto de 2012
Os impactos da soja no Cone Sul
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Transgênicos puxam vendas de agrotóxicos
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
SDR e Famurs selecionam 71 municípios para credenciamento no PAA
terça-feira, 31 de julho de 2012
Ibama restringe agrotóxicos por causa de abelhas
Desaparecimento de abelhas pode estar ligado ao uso de inseticidas na
agropecuária brasileira
DE BRASÍLIA
Mesmo na ausência de levantamentos oficiais, alguns registros sobre a redução do
número de abelhas em várias partes do País, em decorrência de quatro tipos de
agrotóxico, levaram o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) a restringir o uso de importantes inseticidas na
agropecuária brasileira, principalmente para as culturas de algodão, soja e
trigo.
Além de reduzir as formas de aplicação desses produtos, que não podem ser mais
disseminados via aérea, o órgão ambiental iniciou o processo de reavaliação das
substâncias imidacloprido, tiametoxam, clotianidina e fipronil. Esses
ingredientes ativos foram apontados em estudos e pesquisas realizadas nos
últimos dois anos pelo Ibama como nocivos às abelhas.
Segundo o engenheiro Márcio Rodrigues de Freitas, coordenador-geral de Avaliação
e Controle de Substâncias Químicas do Ibama, a decisão não foi baseada apenas na
preocupação com a prática apícola, mas, principalmente, com os impactos sobre a
produção agrícola e o meio ambiente.
A primeira substância a passar pelo processo de reavaliação será o
imidacloprido, que responde por cerca de 60% do total comercializado dos quatro
ingredientes sob monitora-mento. A medida afeta, neste primeiro momento, quase
60 empresas que usam a substância em suas fórmulas. Dados divulgados pelo Ibama
revelam que, em 2010, foram comercializadas mais de 1,9 mil toneladas do
ingrediente no País.
A reavaliação é consequência das pesquisas que mostraram a relação entre o uso
desses agrotóxicos e a mortandade das abelhas. De acordo com Freitas, nos casos
de mortandade identificados, o agente causal era uma das substâncias que estão
sendo reavaliadas. Além disso, em 80% das ocorrências, havia sido feita a
aplicação aérea.
O engenheiro explicou que a reavaliação deve durar pelo menos 120 dias e vai
apontar o nível de nocividade e onde está o problema. "É o processo de
reavaliação que vai dizer quais medidas precisaremos adotar para reduzir riscos.
Podemos chegar à conclusão de que precisa banir o produto totalmente, para
algumas culturas ou apenas as formas de aplicação ou a época em que é aplicado e
até a dose usada", acrescentou.
Mesmo com as restrições de uso já em vigor, tais como a proibição da aplicação
aérea e o uso das substâncias durante a florada, os produtos continuam no
mercado. Juntos, os agrotóxicos sob a mira do Ibama respondem por cerca de 10%
do mercado de inseticidas no País. Mas existem culturas e pragas que dependem
exclusivamente dessas fórmulas, como o caso do trigo, que não tem substituto
para a aplicação aérea.
Na quarta-feira, o órgão ambiental já sentiu as primeiras pressões por parte de
fabricantes e produtores que alertaram os técnicos sobre os impactos econômicos
que a medida pode causar, tanto do ponto de vista da produção quanto de
contratos já firmados com empresas que fazem a aplicação aérea.
Freitas disse que as reações da indústria são naturais e explicou que o trabalho
de reavaliação é feito em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) e com o Ministério da Agricultura - órgãos que também são
responsáveis pela autorização e registro de agrotóxicos no Brasil. "Por isso
vamos levar em consideração todas as variáveis que dizem respeito à saúde
pública e ao impacto econômico sobre o agronegócio, sobre substitutos e ver se
há resistência de pragas a esses substitutos e seus custos", explicou o
engenheiro.
No Brasil, a relação entre o uso dessas substâncias nas lavouras e o
desaparecimento de abelhas começou a ser identificada há pouco mais de quatro
anos. O diagnóstico foi feito em outros continentes, mas, até hoje, nenhum país
proibiu totalmente o uso dos produtos, mesmo com alguns mantendo restrições
rígidas.
Na Europa, de forma geral, não é permitida a aplicação aérea desses produtos. Na
Alemanha, esse tipo de aplicação só pode ser feito com autorização especial. Nos
Estados Unidos, a aplicação é permitida, mas com restrição na época de floração.
Os americanos também estão reavaliando os agrotóxicos compostos por uma das
quatro substâncias.