A doença do tabaco verde (GTS – Green Tobacco Sickness), que atinge de 53% a 88% dos trabalhadores nas plantações de fumo da Índia, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), será alvo de investigações mais profundas no Brasil, a fim de medir sua incidência entre as famílias de fumicultores do país e, com isso, poder orientar melhor produtores e profissionais da saúde quanto aos cuidados e tratamentos administrados na rede pública. Com base em estudos preliminares, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf-Brasil) já considera essa uma doença ocupacional das plantações de tabaco, causada pelo manuseio e exposição à nicotina liberada pelas folhas verdes de fumo durante a fase de colheita. Dores de cabeça, náuseas, tonturas, vômitos, fadiga, alterações repentinas de pressão e câimbras musculares são os principais sintomas da doença, registrados na literatura médica mundial. As pesquisas sobre o tema dão conta de que a concentração de nicotina na urina dos pacientes pode aumentar em até três vezes nessa época de intensa atividade produtiva.
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Intoxicação pelas folhas verdes de fumo preocupa produtores e médicos
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
UNAIC Comercializa 14.500kg de Sementes Crioulas na Safra 2009/2010.
“Se considerarmos a média de plantio de 15 kg por hectares chegaremos à marca de quase 1.000 hectares plantados”. Comemora Marcos Fanka, coordenador técnico do projeto de produção de sementes da UNAIC.
A marca de comercialização registrada em 2009 é histórica, já que superou todos os índices das safras anteriores. O Presidente da UNAIC, André dos Santos enfatiza que esse recorde “Estabelece a confiabilidade e o reconhecimento dos produtores da região na qualidade das sementes que são produzidas, beneficiadas e comercializadas pela UNAIC”.
Nesta safra a UNAIC estabeleceu como meta a disseminação das sementes crioulas, para uma área geográfica cada vez maior, para isso foram estabelecidas parcerias de comercialização através de prefeituras, sindicatos e cooperativas da região, alem da venda direta aos agricultores.
Em parceria com a Fundação Banco do Brasil - FBB a UNAIC realizou doações de sementes para comunidades tradicionais como as indígenas e quilombolas, alem de assentados da reforma agrária.
O principal objetivo dessas ações foi criar novos nichos de resistência das sementes crioulas buscando a reprodução das espécies já que neste período o Brasil anuncia a entrada no mercado de um numero superior de Sementes de Milho geneticamente modificadas (transgênicos), do que de sementes hibridas ou comuns, e esse tem sido um motivo de preocupação da equipe da UNAIC, já que Canguçu sedia uma das principais representações da Empresa Monsanto no RS, e que é uma das principais.
A equipe da UNAIC tem acompanhado com preocupação o avanço do cultivo das sementes de milho transgênico na região, e tem buscado estabelecer o dialogo com os produtores para que o avanço da produção desse tipo de sementes respeite pelo menos as regras de isolamento que são estabelecidas pela legislação brasileira, tentando com isso evitar a contaminação das lavouras crioulas.
A UNAIC ainda dispõe de sementes para venda, informações poderão ser adquiridas pelos telefones: 53- 3252.1011 / 3252.3444 ou no e-mail: uniaoass@gmail.com .
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Proibida capina com agrotóxicos nas cidades
A capina química em áreas urbanas expõe a população ao risco de intoxicação, além de contaminar a fauna e a flora local. Por esse motivo, tal prática não é permitida. Para orientar municípios de todo país sobre os perigos do uso de agrotóxicos nas cidades, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta segunda-feira (1), nota técnica sobre o tema.
“Esse esclarecimento está sendo efetuado devido ao recebimento de inúmeras denúncias sobre a realização dessa prática ilegal e questionamentos da sociedade sobre a real necessidade da pulverização desses produtos químicos em ruas, calçadas, praças e parques das cidades”, diz Dirceu Barbano, diretor da Anvisa. Devido à ausência de segurança toxicológica, desde 2003 a Agência não permite a aplicação de herbicidas em ambientes urbanos.
De acordo com Barbano, a prática de capina química cria dificuldades técnicas na conciliação da aplicação do agrotóxico em ambientes urbanos e a preservação da saúde da população das cidades. “Os herbicidas indicados para o uso urbano seriam os mesmos utilizados na agricultura, os quais possuem regras restritas para manipulação, aplicação e acesso posterior às áreas tratadas”, explica o diretor da Anvisa.
Todos os produtos registrados para uso agrícola possuem, como regra, um período de reentrada mínimo de 24 horas, ou seja, após a aplicação do produto, a área deve ser isolada e sinalizada e, no caso de necessidade de entrada no local durante este intervalo, o uso de equipamentos de proteção individual é obrigatório. Esse período de reentrada é necessário para impedir que pessoas entrem em contado com o agrotóxico aplicado, ainda molhado, o que aumenta muito o risco de intoxicação.
“Em ambientes urbanos, o completo e perfeito isolamento de uma área por pelo menos 24 horas é impraticável, isto é, não há meios de assegurar que toda a população seja adequadamente avisada sobre os riscos que corre ao penetrar em um ambiente com agrotóxicos, principalmente em se tratando de crianças, analfabetos e deficientes visuais”, pondera Barbano. Outro aspecto são os solos da cidade, que, na maior parte, sofrem compactação ou são asfaltados, ocasionando a persistência dos produtos por mais tempo no ambiente urbano, ao contrário dos solos agrícolas, que são permeáveis, diminuindo o acúmulo e facilitando o escoamento superficial do produto.
“A capina tem sido realizada rotineiramente por meio mecânico em vários municípios do Brasil, o que, além de não expor a população a riscos desnecessários, é ecologicamente correto e gera um grande número de empregos”, finaliza o diretor da Anvisa. Vale lembrar que mesmo após a aplicação de herbicidas, é necessário realizar a capina mecânica para se retirar a vegetação seca.
Danilo Molina – Imprensa/Anvisa